quarta-feira, dezembro 21, 2005

Embriagada


Abraças o silêncio,
E escondes-te na noite.
Foges embriagada,
Cansada, desesperada.
Corres pelos becos,
Vagueias nos passeios,
Procuras um consolo
Na noite densa.
Esperas pelo descanso
Até que o dia nasça
Até que possas ver o Sol de novo.

Sem pudor gritas na rua.
Gritas por tudo quanto te faz sofrer
Gritas porque ainda dói
Gritas porque não consegues esquecer.
E ris sem parar,
Gargalhadas tristes,
Um latido de melancolia,
Que depressa se torna em pranto.

Choras, mas não desaparece
Magoas-te, mas a outra dor é maior
Calas-te, finalmente,
Mas este silêncio dói mais que quaisquer palavras.

Enfim, encostas a cabeça.
Lembras-te, então,
Que daqui a três/quatro horas o Sol nasce.

§

4 comentários:

João G. disse...

gostei mt dest poema... mm muito, nem sei cm comentar! so axo k ta maravilhoso, uma boa metafora pa mts dos sntimentos sentidos por todos nos... bjx*

StupiDreamer disse...

ja tinhas posto no teu pb..
aquela dor, aquele vazio...calas com um sorriso e só à noite confessas, apesar de te apetecer gritar.nem sabes o que é pior se a dor se o silêncio do vazio.mas enfim continuas...mais um dia, cause the show must go on...e o sol há-de sempre vir,aquecer um bocadinho as coisas, nem que seja no olhar de outra pessoa @

Anónimo disse...

alguma auto descriçao?:p beijos

Anónimo disse...

Enjoyed a lot! »