segunda-feira, maio 29, 2006

Já nem sei

E o que é que somos? No que é que nos tornámos?

Temos tudo. Tínhamos tudo. Tudo para alcançar o que é que quer que aspirássemos. Podíamos elevar-nos ao nosso paraíso, tínhamos Olimpo mesmo ali ao lado. Mas perdemos os sonhos, deixámos de querer, tornámo-nos isto. Não. Mudámos, apenas, os nossos desejos. Aspiramos, ainda, e tanto. Ao podre. Desfigurámos os valores, as ideias. (Mas que valores? O que é certo? Pode ser isto o certo? Não pode...não pode... Não pode ser isto a evolução. Que evolução? O que é evolução? Diz-me, o que é realmente certo? Isto...não pode!)

Sujámos tudo. Chapinhamos no lodo, os filhos da tecnologia. Filhos do progresso e com toda a informação (mas que evolução?) Ensinados pela História, treinados pela Matemática. A juventude prodígio: só esgoto e um cheiro a catástrofe no ar (catástrofe mental!)... Estagnação, estagnação. Regresão, regressão. A indiferença que se entranha no sangue e nos nervos e em cada orgão. E até nos bonitos fios de cabelo! A podridão intolerante que nos trespassa a cada olhar, os preconceitos tão inequivocamente postos de lado, que mancham as roupas a cheirar a suor (serão lágrimas? Mas, se tingires fica bem!)

Raios (banhos!) de hipocrisia, culpados, todos! (E ninguém...) Influências e modas. Ovelhas: também nos pensamentos e nas ideias e nos valores. E nos nossos felizes comportamentos. Cadáveres vivos que se arrastam e nem sentem (diz-me, o que é sentir?). Não, sentem. Tudo igual. Standard Emotion. Exércitos de poeira, apagada em menos de nada. Apatia. Ou empatia por outra coisa qualquer. E é qualquer coisa que não pode estar bem (bem?!), qualquer coisa ao contrário, que não bate certo (ou sou só eu?)

E não é nada...não somos nada. Encarnação da desilusão. Indícios de algum fim que teima em se atrasar. E onde ficou o desabafo que teimaste em não berrar? Nem sequer o suspiraste... Passado esquecido, futuro ignorado. Presente... gasto. Gasto de palavras imundas que teimamos em escrever. Mas para que é que escrevo?

E diz-me... o que é que vale realmente a pena?

Diz-me se vale realmente a pena...

(Porque eu nunca vali a pena.)


2 comentários:

StupiDreamer disse...

«ode à geração perdida»
que hino perfeito à nossa podridão.ou será à da História que nos impinjiu à decadência do nós ser humano?
(já estou a dar desculpas).
e podíamos ser tudo e tínhamos tudo.criaturas mais altas no jardim da criação com todo ele à mão da nossa exploração..e o que fizémos com ele?e no que nos tornámos?que criaturas tão superiores..tanta razão.tanta matemática,tanto conhecimento, tantas letras.ai..tanto espiritualismo..
e somos apenas carne transpirada.impuslos de destruição, de ganãncia, de prazer.hum..apenas animais como os que consideramos inferiores.secalahr não devíamos ter comido a maçã.secalahr não devíamos ter deixado de ser macaquitos.se secalhar não soubémos evoluir verdadeiramente e apenas nos esquecemos do sentir de tudo que nos unia- a antiga harmonia das coisas que destruímos.
secalhar...mas podíamos ser tudo.
só um bocadito revoltada..:X
fuckever.nada vale a pena. Há-de fazer tudo um sentido.uma História.havemosd e ser só uma geração perdida. E o Armagedon também há-de chegar e tudo isso (eu continuo a achar que alguém lá no alto simplesmente perdeu o controlo sobre as suas bonitas intenções de um planeta azul de pessoas nunca à sua imagem). e que interessa? não podemos saber nada.somos apenas mais duas e o enredo é tão grande...
fuckever.
vamos à praia.
vale tudo a pena
@

João G. disse...

bem... ta um texto um cado po negativo e po pessimista! axo k temos d ver a vida plo lado positivo... é claro k exiate um lado negativo e nao nos passa indiferente na sociedade d hj e tb n lh devemos ser indiferentes ms axo k as xs a noxa cabeça, o noxo coraçao tem d recorrer ao bom k é viver, ao milagre k aki estarmos nesta vida, k para muitos é bem pior k a nossa... Sorri, abraça, beija, diverte-t e acredita no futuro, pk so kem acredita consegue!!

bjxx**