Não temas a vida. Não tentes amordaçar as veias que sentes pulsar. Não adianta que te escondas, nunca ouviste falar em destino? Os cépticos chamam-lhe coincidências. (Que estranho. Eu chamo-lhe coincidências.)
Basta um passo em frente, e podes ganhar o teu mundo. Podes merecê-lo. Podes senti-lo, como algo indubitável. Podes cair e nunca mais te levantares.
Mas a chama extingue-se e perco a vontade. Acampamento de mim mesma, estendal de sofismas enredados. Escorrem os sonhos e os versos, caídos a meio caminho do Éden. Agrafadas as promessas por cumprir, calcadas as palavras e borradas de repetição e lágrimas. Páginas de não sentimentos, de orquídias por colher, de colares de contas, de acordes improvisados e decorados, de beijos e fotografias, de saudades e euforia, de cobertores de ternura, de chapéus de Sol e liberdade.
Faltam-te os goles largos do perigo, das fronteiras longínquas onde se desenha o sonho. Porque só no horizonte podemos concretizar o desejo. Ele reconstrói-se e dissimula-se, como a linha que vemos. Falta-te o brilho da insanidade, o impulso. Algo que te imobilize e te faça correr atrás.
Falta-me ele.
7 comentários:
E entre esse querer ser e o que te limita, onde vais ficar? :)
Falta-nos sempre alguma coisa ou alguém. A busca nunca se esgota. **
Não pode faltar sempre algo ou alguém. Se assim fosse, de que serviria procura-los? Não gosto de estar condenado ao insucesso desde o início. Acredito que a busca, ainda que se afigure incessante, irá ter um fim. E é cada um de nós que decide o quando.
Bom post, ó Diana. Tenho que vir cá (muito) mais vezes, para meditar um bocado :)
Acredito que por nos faltar sempre algo é que corremos.
Senão permaneceriamos quietos. Imóveis. Não valeria a pena lutar, nem correr atrás de nada. Teriamos tudo.Seriamos zombies. Acomodados.
beijinhos
E é por te faltar que precisas tanto dele....
=)
bah.estou a tenatr escreve rum comentário decente e só penso..é isso!e este é isto é pra todos os textos atrás. e..é isso!
se não faltasse depois..o que te ia faltar?
@
tenho saudes de nós. a imaginar o fim do mundo nos calhaus e de facto, hum, acreditar. sabes?sem a pressão do ter de acreditar?ter de tentar?conseguir ser feliz com apenas o sonhar, sem a frustração ansiosa. e a inevitável resignação indiferente.
enfim.
eu tnehoa spedras numa caixinha. tu tens a tal vela na secretária, mas parece q sim..seremos claras. :X
e depois há tantos caminhos mesmo...e só ficam as coisas pra relembrar qd pareciam um só.
e porque é que escrevo tudo aos bocados? :|
isto saiu-me estranho :X
enfim.
hum.diana *
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