Talvez não tenha sido mais do que um delírio. Uma fantasia da alma, engano do coração. Talvez tenha sido apenas o tempo a recuar aos anos em que dançávamos com os dedos. Ou se calhar o relógio parou naquele nosso momento. E não foi mais do que um relance.
Mas ficou provado. Os fantasmas existem. Tu ainda existe, igual a ti mesmo. Igual aos tempos em que brincávamos com flores na cabeça e tu me contavas estórias de aventuras que eu não podia perceber. Estiveste lá, a fotografia do passado e da melancolia. O espelho de mim mesma, as alegrias borradas, as paixões salpicadas e sempre a solidão em plano de fundo. A mancha que não se contem, que abafa todos os brilhos e todas as tentativas de fuga.
E reflectiste tudo o que eu não queria saber. Porque é que me contaste as lágrimas e os silêncios? As fugas e as hesitações? (Não podias apenas ter falado das gargalhadas e das conversas? Da vida e dos raios de Sol? Mas respondeste-me que espelhavas o real, não as minhas mentiras, que só te cabia a verdade e que os raios eram demasiado pequenos e efémeros, como sempre o foram. )
Talvez tenha sido apenas uma brisa. Uma janela que se abriu e o vento que sussurou mais alto. Nestes dias de temporal a chuva também tem a mania de nos falar baixinho. Talvez tenha sido ela, num lampejo de gozo, dançando na ferida aberta. Ou quem sabe uma ilusão, dessas que nos fazem rir e chorar ao mesmo tempo, uma fúria desesperada, tentando agarrar a minha alma, tentando arrancar-lhe a lucidez da razão.
Mas mesmo assim, eu teria jurado que tinha encontrado o teu olhar por um instante.
Mas ficou provado. Os fantasmas existem. Tu ainda existe, igual a ti mesmo. Igual aos tempos em que brincávamos com flores na cabeça e tu me contavas estórias de aventuras que eu não podia perceber. Estiveste lá, a fotografia do passado e da melancolia. O espelho de mim mesma, as alegrias borradas, as paixões salpicadas e sempre a solidão em plano de fundo. A mancha que não se contem, que abafa todos os brilhos e todas as tentativas de fuga.
E reflectiste tudo o que eu não queria saber. Porque é que me contaste as lágrimas e os silêncios? As fugas e as hesitações? (Não podias apenas ter falado das gargalhadas e das conversas? Da vida e dos raios de Sol? Mas respondeste-me que espelhavas o real, não as minhas mentiras, que só te cabia a verdade e que os raios eram demasiado pequenos e efémeros, como sempre o foram. )
Talvez tenha sido apenas uma brisa. Uma janela que se abriu e o vento que sussurou mais alto. Nestes dias de temporal a chuva também tem a mania de nos falar baixinho. Talvez tenha sido ela, num lampejo de gozo, dançando na ferida aberta. Ou quem sabe uma ilusão, dessas que nos fazem rir e chorar ao mesmo tempo, uma fúria desesperada, tentando agarrar a minha alma, tentando arrancar-lhe a lucidez da razão.
Mas mesmo assim, eu teria jurado que tinha encontrado o teu olhar por um instante.
10 comentários:
Boa escrita...gostei...e voltarei...sem fantasmas;)
Fantasmas... uma facas de dois bicos... se nós abandonam sentim-nos sós despoersonalizados, se ficam... atormentam-nos...
Beijo, e parabéns atrasados, é sempre bom saber que há mais escorpiões "por perto" ;)
deixo aqui o meu número de telemóvel para me enviares a morada, pois como estou em vlc não tenho tempo de ir à net!
porta-te ;)
916665625
mt bem "escrevinhado" caloirinha :P
e sim os fantasmas existem..estes existem!
Talvez, quem sabe... Não existe uma magia especial nas recordações? Como nas tuas palavras... :)**
quantas vezes iremos encontrar esse olhar???
Se esse fantasma , mais que brisa se tatuou na pele???
Desculpa...guardo o resto do comment para mim....
Não quero abrir minha caixa de pandora....
Um post de uma sensibilidade irreprensivel!
Um beijo autentico
Teu amigo
Paulo
gostei diana maria... o fantasma, o olhar...
Como é lógico não posso deixar passar um post desta nossa artista da prosa/poesia!
Ora, fantasmas e assombrações já foram outrora relatadas no meu blog! Tu pegaste nessa palavra envolto de misterio e metaforicamente abordaste-a doutra forma! E diga-se, muito bem!
Aquela expressão muito conhecida, "os fantasmas do passado", é deveras bem empregue! Tudo foge, tudo volta... as "assombrações" passadas gostam por vezes dar umas voltinhas ao nosso quotidiano, pregando-nos várias novas partidas, recarregando-nos novamente com lembranças esquecidas! Enfim... um rol de acontecimentos que nos transportam para sentimentos bons ou maus, mediante a ocasião vivida!
Bj*
como este que em fizeste aparecer agora a frente, amis ou menos com a mesma forma dessa nuvem.
mas as brisas passam.mas somos feitos de brisa @
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