«Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo.»
segunda-feira, novembro 15, 2010
domingo, novembro 14, 2010
sábado, setembro 18, 2010
sábado, junho 12, 2010
sexta-feira, junho 04, 2010
segunda-feira, maio 31, 2010
Estado Decisivo
O estado decisivo é a cegueira mais confortável a que nossa mente pode aspirar.
(Eu sou mais estado gasoso. Expando-me demasiado e prefiro temperaturas altas.)
(Eu sou mais estado gasoso. Expando-me demasiado e prefiro temperaturas altas.)
Insatisfação
Insatisfação é ver uma senhora de 60 anos com os sacos das compras pousados no chão, especada à frente de uma vitrina da farmácia cheia de néons e embalagens que dizem "FIRMEZA" (em caps e num tipo de letra bastante sóbrio - Gothic Bold ou algo muito parecido).
terça-feira, maio 04, 2010
sexta-feira, abril 30, 2010
Falta de si
Já não consigo escrever. As letras maçam-me.
As palavras cansam-me e as frases telegráficas impedem-me de pensar. Simples, organizadas, explícitas, turvam-me o cérebro porque ele funciona de outra forma. As simbioses múltiplas não se mostram, escondem-se na aparência da clareza.
Não podes ser clara. As feridas complicam tudo.
Tenho saudades dos textos longos e desconexos, dos significados obscuros de cada palavra, que ninguém podia ler da mesma maneira que eu. Das horas para os compreender. Dos minutos em que os escrevia. Dos dias em que os relia. Do tempo, do tempo, do tempo que já não mora aqui.
Faz-me falta a esquizofrenia sincrónica. As palavras difíceis que não entendia, e as simples que faziam mais sentido. Do idiota e de Raskólnikov e o pobre jogador... eram iguais, conseguiste compreender? Afundados neles mesmos, o teu próprio naufrágio, afundares-te em ti mesma, pleonasmo, pleonasmo. Eles também perderam a confiança e as mãos tremiam-lhes, castigados para sempre pela falta de si. As palmas e os dedos sempre suados. Falta de si: o único crime, o pecado capital.
Mas não consigo pensar e as frases terminam antes de começarem. Os olhos estão cansados e não penso que seja das lentes de contacto. Perdi a confiança, perdi as letras, perdi-te a mim.
Faltei-me a mim. Perdi.
As palavras cansam-me e as frases telegráficas impedem-me de pensar. Simples, organizadas, explícitas, turvam-me o cérebro porque ele funciona de outra forma. As simbioses múltiplas não se mostram, escondem-se na aparência da clareza.
Não podes ser clara. As feridas complicam tudo.
Tenho saudades dos textos longos e desconexos, dos significados obscuros de cada palavra, que ninguém podia ler da mesma maneira que eu. Das horas para os compreender. Dos minutos em que os escrevia. Dos dias em que os relia. Do tempo, do tempo, do tempo que já não mora aqui.
Faz-me falta a esquizofrenia sincrónica. As palavras difíceis que não entendia, e as simples que faziam mais sentido. Do idiota e de Raskólnikov e o pobre jogador... eram iguais, conseguiste compreender? Afundados neles mesmos, o teu próprio naufrágio, afundares-te em ti mesma, pleonasmo, pleonasmo. Eles também perderam a confiança e as mãos tremiam-lhes, castigados para sempre pela falta de si. As palmas e os dedos sempre suados. Falta de si: o único crime, o pecado capital.
Mas não consigo pensar e as frases terminam antes de começarem. Os olhos estão cansados e não penso que seja das lentes de contacto. Perdi a confiança, perdi as letras, perdi-te a mim.
Faltei-me a mim. Perdi.
quarta-feira, março 24, 2010
sexta-feira, março 19, 2010
Espelho meu, espelho meu
"Estou mesmo a precisar de praia."
Digo eu todos os dias quando acordo e me olho ao espelho.
Digo eu todos os dias quando acordo e me olho ao espelho.
terça-feira, março 02, 2010
domingo, fevereiro 07, 2010
sexta-feira, janeiro 29, 2010
Radar fora de horas
Temos de cuidar da nossa alma apesar do mundo.
Temos de cuidar do mundo apesar de tudo.
(Ou será ao contrário?)
Temos de cuidar do mundo apesar de tudo.
(Ou será ao contrário?)
domingo, janeiro 24, 2010
Quero aprender a deixar de escrever em itálico
As palavras dos outros não me chegam.
A vida dos outros não me satisfaz.
Tenho a alma espigada.
A vida dos outros não me satisfaz.
Tenho a alma espigada.
domingo, janeiro 17, 2010
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