Talvez pensasses que tudo o que fizesses não faria sentido. É bem possível que tenhas razão, mas tentar, tentar é o que nos move. Tentar é a razão, a única razão. Porque o resto é demasiado incerto, o resto perde-se na neblina e o que fica é a tentativa.
Quando o tempo nos deixa a sua marca, e perdemos tudo o que um dia chamámos nosso, o único consolo é ter tentado. O descanso da memória. Porque tentar é despirmos a culpa e sentirmos o prazer da liberdade. Deixarmos sentir o toque tão volátil do vazio, tão penetrante quanto frágil, tão intenso quanto ilusório. Ter tentado é mantermo-nos fiés à nossa essência, é cumprir com o que aspiramos ser, mais do que com o que somos realmente. A tentativa é a nudez menos constrangedora, mais reveladora. Nudez da alma quando já nem o orgulho nos consegue cobrir. É permanecermos puros, procurando o prazer pelos caminhos mais sórdidos, beijando a humilhação que nos fez o que nos tornámos. Nunca somos, tornamo-nos; é essa a premissa.
E eu despi-me perante a tua presença, na tentativa que tudo voltasse a fazer sentido de uma forma mais simples. Como poderia? Nunca fez, nunca deixaste, nunca acreditaste. Mas quando me percorreste o corpo ao som daquela chuva, diz-me, que estavas tu a tentar fazer?
Quando o tempo nos deixa a sua marca, e perdemos tudo o que um dia chamámos nosso, o único consolo é ter tentado. O descanso da memória. Porque tentar é despirmos a culpa e sentirmos o prazer da liberdade. Deixarmos sentir o toque tão volátil do vazio, tão penetrante quanto frágil, tão intenso quanto ilusório. Ter tentado é mantermo-nos fiés à nossa essência, é cumprir com o que aspiramos ser, mais do que com o que somos realmente. A tentativa é a nudez menos constrangedora, mais reveladora. Nudez da alma quando já nem o orgulho nos consegue cobrir. É permanecermos puros, procurando o prazer pelos caminhos mais sórdidos, beijando a humilhação que nos fez o que nos tornámos. Nunca somos, tornamo-nos; é essa a premissa.
E eu despi-me perante a tua presença, na tentativa que tudo voltasse a fazer sentido de uma forma mais simples. Como poderia? Nunca fez, nunca deixaste, nunca acreditaste. Mas quando me percorreste o corpo ao som daquela chuva, diz-me, que estavas tu a tentar fazer?