E essas muralhas intransponíveis que nos separam da realidade, nos fazem viajar egoisticamente pela nossa mente, aclamando os nossos sentires e o nosso eu acima de tudo quanto vem além dessas muralhas? Ah, que só vemos aquilo que queremos realmente ver. Não conseguimos sentir além de nós próprios, estamos condenados à fortaleza do nosso corpo, prisão egocêntrica, o nosso limitado e pequeno mundo, que o pintamos tão largo, tão profundo, tão único, mesmo sabendo que existem tantos outros, tão iguais. E continuaremos assim, imperfeitos e limitados (oh Ser Humano!) enquanto não quebrarmos essa barreira tão alta e imponente que dita a nossa existência, troveja a nossa essência, que nos faz emergir acima de tudo e eleva os nossos pensares, tornando-nos, pois, cada vez mais pequenos, cada vez mais sós, cada vez mais distantes, arrebatados para aquele mundo que, orgulhosamente, o cantamos como único.
(Oh, egoísmo!)
(Oh, egoísmo!)